Rio comemora aniversário do Líder do Clã

O 48o. aniversário do líder do Clã Moy Yat Sang, mestre Leo Imamura, foi celebrado no Rio de Janeiro com presença de membros de todos os núcleos brasileiros (São Paulo, Brasília e Belo Horizonte), além dos anfitriões cariocas.

Mestre Leo Imamura destacou a sua nova idade como um novo ciclo de sua vida, marcada pelo número 8. Foi aos 8 anos de idade que ele iniciou nas artes marciais. Aos 16 anos, tomou contato com o Ving Tsun. Oito anos depois, aos 24, foi reconhecido discípulo de Grão-mestre Moy Yat. Aos 32 anos, sagrou-se mestre sênior de Ving Tsun. Aos 40, completou um novo ciclo de "8", qualificando os primeiros mestres no Brasil. Vale ressaltar que a família Moy Yat Sang recebeu a placa número 8 do Clã Moy Yat. Uma real sincronicidade com o algarismo.

A celebração no Rio de Janeiro contemplou também a cerimônia de inauguração do Núcleo RJ Barra da Tijuca, atual Mo Gun modelo da Moy Yat Ving Tsun em todo o mundo, pela localização e espaços privilegiados para a prática tradicional do Ving Tsun e cultivo da Vida Kung Fu.

Ving Tsun na Hong Kong Kong Airlines

Já é sabido da popularidade do Ving Tsun em Hong Kong, desde a década de 50, quando o patriarca Ip Man introduziu a arte na famosa ilha.

Tal popularidade fez do Ving Tsun algo apreciado desde lutadores de periferia aos governantes de Hong Kong, passando por todo o círculo marcial, isto até os dias atuais.

A Hong Kong Airlines, uma das maiores cias. aéreas da China, introduziu a prática do Ving Tsun  entre os seus comissários de bordo. O objetivo, segundo a empresa, será desenvolver não somente os assuntos ligados a defesa pessoal. Muito além disso, o Ving Tsun será desenvolvido para que a tripulação possa ser mais atenciosa em todos os aspectos, do atendimento ao cliente aos procedimentos de um voo.

Assita agora o comercial veiculado na Ásia, baseado nos belos movimentos do Ving Tsun:

Dia Internacional da Mulher

O dia 08 de março destaca-se mundialmente como o "Dia Internacional dos Direitos da Mulher".

Monja Ng Mui e Yim Ving Tsun representadas no cinema

O Ving Tsun, única arte marcial chinesa tradicional fundada por uma mulher - a grande mestra Yim Ving Tsun - reúne qualidades que servem para o ser humano melhor "defender" à sua vida. Os conceitos de estratégia que o Ving Tsun preconiza são conhecidos como "feminilização da guerra". A mestra Yim Ving Tsun poderia ser um ícone para o Dia Internacional atual.

A eficácia feminina no filme Clã das Adagas Voadoras

Isto por que a guerra em si sempre foi predominante a mentalidade "masculina", de impor e forçar, a todo e qualquer custo, sobrepujando o mais fraco ou aparentemente inferior. A história da humanidade nos mostra que isto não tem um efeito sustentável. Assim, feminilizar uma ação é ter a sabedoria de saber ganhar sem necessariamente "derrotar", é de dispor de qualidades ligadas ao feminino para ser altamente eficaz. Foi isto que a fundadora Yim Ving Tsun transmitiu numa época em que as artes marciais eram praticadas apenas por homens na China, no século XVIII.

Mulheres (Liana Lott e Joelita Bessa) aplicando a "feminilização" numa prática livre de Ving Tsun.

A dimensão do Kung Fu

Na última visita do mestre sênior Leo Imamura à Belo Horizonte, nos dias 25 a 27 de fevereiro, os membros da família Kung Fu puderam perceber aquilo que muitos estudiosos da China hoje falam da "dimensão do Kung Fu".

O contemporâneo filósofo chinês Peimim Ni, atual presidente da Society for Asian Philosophy nos Estados Unidos, enfatiza que o Kung Fu, desde à sua origem monástica em Shaolin, têm a preocupação sobre como "viver a vida", de forma sábia e inteligente. A prática da "luta" torna-se assim apenas um símbolo para identificar a melhor forma de dimensionar o cotidiano e lidar bem com ele, em todos os sentidos.

Por isto o Grão-Mestre Moy Yat (1938-2001) orientou seus alunos a praticar o Ving Tsun envolto àquilo que ele batizou de "Kung Fu Life", ou seja, a "Vida Kung Fu".

Este cultivo, de "viver bem a vida", que leva os membros da Moy Yat Ving Tsun a se encontrarem nos finais de semana, a convite de suas lideranças, como ocorreu agora em Belo Horizonte, com dezenas de praticantes mineiros, que se uniram aos mestres Leo Imamura (10G-VT) e Anderson Maia (11G-VT).

Ving Tsun na Universidade de São Paulo

O Ving Tsun começa esta semana a ser transmitido na Universidade de São Paulo (USP). O trabalho, inserido nas chamadas "disciplinas optativas livres", está sendo liderado pelo mestre qualificado da Moy Yat Ving Tsun, o paulista Walter Correia, que também é mestre em Educação Física e docente desta renomada universidade.

Walter Correia (à dir.) no Fórum de Artes Marciais, um dos passos para implementar o VT no meio acadêmico.

A turma, formada por universitários não somente do curso de Educação Física, foi fechada em sua lotação máxima. O programa envolve 16 sessões, entre março e junho, onde se fundamentará os conceitos gerais das artes marciais como um instrumento de educação e cultura, culminando na prática marcial do sistema Ving Tsun em si, naquilo que se conhece como "Ving Tsun Experience", o curso introdutório da Moy Yat Ving Tsun.